O crediário, também conhecido como compra a prestação no carnê, está novamente ganhando espaço entre os consumidores, mesmo aqueles com baixo orçamento ou restrições de crédito. Isso porque, em comparação com os cartões de crédito e empréstimos bancários, o crediário oferece taxas de juros menores e permite parcelamento em até 24 meses.

Compras parcelada no carnê estão de volta

As mudanças nas regras do rotativo do cartão de crédito também contribuíram para essa mudança de comportamento. De fato, no início de 2016, as compras no crediário já haviam aumentado em 19,5%, e no segundo semestre do mesmo ano, apresentaram um aumento de mais de 49%, de acordo com um levantamento da empresa Multicrédito.

Além disso, empresas tradicionais do comércio varejista, como as Casas Bahia e Magazine Luiza, voltaram a oferecer financiamento próprio. Embora isso possa envolver riscos, como eliminar a intermediação junto aos bancos, esse sistema permite uma maior aproximação com o consumidor, que passa a ter uma relação de fidelização junto à loja.

Recentemente, a equipe do Promoo visitou algumas lojas em São Paulo e constatou que as lojas estão divulgando mais o seu financiamento próprio, destacando as vantagens para os consumidores.

Assim, as compras no crediário podem ser uma opção atraente para quem quer fugir das altas taxas e limitações do cartão, especialmente para aqueles que buscam opções mais acessíveis no mercado.

Cuidado com as compras no crediário

As compras no crediário podem parecer uma boa opção para quem tem orçamento apertado, mas é preciso ter cuidado. É comum focar apenas no valor das parcelas, sem levar em conta o valor total da compra e os juros embutidos.

Em alguns casos, o preço final pode ficar até 100% mais caro. Por isso, é importante avaliar a real necessidade de adquirir o produto e considerar outras opções, como a caderneta de poupança, que pode funcionar como uma reserva para compras futuras.

Para reduzir os juros no crediário, é recomendável dar uma entrada maior e pesquisar as regras e condições de pagamento de cada loja, já que cada uma pode oferecer opções diferenciadas. Compras sem entrada podem não ser a melhor opção.

Lembre-se de analisar cada caso de forma individual, pois nem sempre é possível comprar à vista. Mas, sempre que possível, é melhor economizar durante um período e pagar à vista do que assumir uma dívida de longo prazo. Fique atento aos juros e ao valor final da compra para fazer a melhor escolha.