Saiba como abrir um crediário nas principais lojas do país, bem como as suas vantagens no parcelamento das compras via carnê, com os juros mais baixos em relação ao cartão de crédito.
Compras parceladas via crediário
Celulares, computadores, móveis, eletrodomésticos, brinquedos e televisores podem ser parcelados em até 20 parcelas fixas, via crediário. Isso mesmo, apesar de não ser o meio de pagamento mais popular, as compras no carnê permitem que boa parte da população sem acesso a bancos e cartões de crédito parcelar suas compras.
Fazer compras pelo carnê pode ser mais simples do que parece. É claro que, na hora do cadastro, o processo é um pouco complicado. Isso ocorre porque, como as lojas assumem o financiamento, é necessária uma minuciosa análise de crédito.
Por outro lado, essa burocracia é só na primeira compra, e conforme as parcelas são pagas em dia, você já pode fazer novas compras com o saldo disponível. Além disso, algumas lojas ainda liberam um limite maior para as compras, bem como o número de parcelas.
Mas, vamos ao que interessa, que é como abrir um crediário. Abaixo, descrevemos os procedimentos utilizados na maioria das vezes, mas vale lembrar que cada loja tem o seu próprio procedimento, bem como exigências de documentos e comprovantes:
O que é necessário para abrir um crediário?
Antes de dirigir-se à loja de sua preferência, tenha em mãos os originais e cópias dos seguintes documentos: RG, CPF, contatos telefônicos, comprovante de endereço e renda.
São considerados documentos de comprovação de endereço, por exemplo, as faturas de contas de água, luz, telefone, contrato e pagamento de aluguel.
No caso do rendimento, são aceitos o holerite, declaração de imposto de renda, pagamentos de tributos e cadastros como autônomo, comprovantes de recebimento de aposentadorias, ou benefícios como o Bolsa Família, ou Renda Brasil.
Já, no caso de pessoa jurídica e MEI, são aceitos como comprovantes de rendimento, a declaração de pró-labore, ou extrato bancário.
Vale lembrar que os documentos acima são apenas um referencial; cada loja pode exigir os documentos acima, bem como outras formas de análise.
O que as lojas consultam antes de abrir crediário?
Com os documentos em mãos, basta ir até a loja mais próxima e informar ao vendedor sobre a forma de pagamento via carnê. Em seguida, será encaminhado ao setor responsável para o cadastro, análise e liberação das compras.
Durante a análise de crédito, a loja pode pesquisar seus dados nos sistemas de proteção como o Serasa e SPC, além da possibilidade de utilizar o score (para saber mais sobre score baixo e alto, clique aqui). Pessoas com restrição do nome nesses serviços podem ter seu cadastro rejeitado (também conhecido popularmente como ‘nome sujo’).
Quais são as vantagens nas compras via carnê?
É claro que pessoas com acesso ao banco e cartão de crédito vão preferir esse sistema de compra, devido à sua praticidade e liberdade de compras, não restritas somente a uma loja.
Mas o crediário tem lá seus benefícios e vantagens para quem opta por essa forma de parcelamento. Entre elas está a possibilidade de pagar menos juros do que os praticados no cartão de crédito tradicional.
Outra vantagem está no maior controle dos seus gastos, principalmente para quem tem o hábito das compras por impulso. Além disso, em muitos casos, as compras no carnê permitem um maior número de parcelas, podendo chegar até em 24 vezes em alguns casos, com isso, não compromete o orçamento mensal.
O que pode ser comprado pelo crediário?
As opções e possibilidades de compras são diversas. Uma dica é optar por comprar via crediário itens de maior valor como: smartphones, Tvs LED, brinquedos, móveis, eletroportáteis, eletrônicos, notebook, utilidades domésticas, itens de decoração, eletrodomésticos etc. Outra opção fica por conta de compra de roupas, calçados e acessórios.
Sobre o crediário
Lojas assumir o papel de financeira, no lugar dos bancos, é uma estratégia de negócio genuinamente brasileira, diferente de outros países.
Para entender o sucesso do crediário junto ao comércio brasileiro, é preciso entender o processo de industrialização e urbanização de nossas cidades. Afinal, em boa parte do século passado, a maioria dos brasileiros não tinha acesso a uma conta bancária. Já o cartão de crédito somente se popularizou a partir do ano 2000.
Com isso, as lojas da época se inspiraram nos antigos armazéns e vendas, uma maneira de atender o maior número de consumidores. Ou seja, nos pequenos armazéns, era comum o uso da caderneta, onde eram feitas anotações das compras para o pagamento no final do mês. Assim, já na década de 1950, nascia o crediário, ou popularmente conhecido como “Carnê”.